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sábado, 31 de março de 2012

Evangelho do Dia - 31/03/12



LUCAS 14

Cura dum hidrópico

1 Tendo Jesus entrado, num sábado, em casa de um dos chefes dos fariseus para comer pão, eles o estavam observando.
2 Achava-se ali diante dele certo homem hidrópico.
3 E Jesus, tomando a palavra, falou aos doutores da lei e aos fariseus, e perguntou: É lícito curar no sábado, ou não?
4 Eles, porém, ficaram calados. E Jesus, pegando no homem, o curou, e o despediu.
5 Então lhes perguntou: Qual de vós, se lhe cair num poço um filho, ou um boi, não o tirará logo, mesmo em dia de sábado?
6 A isto nada puderam responder.

Parábolas dos primeiros assentos e dos convidados   

7 Ao notar como os convidados escolhiam os primeiros lugares, propôs-lhes esta parábola:
8 Quando por alguém fores convidado às bodas, não te reclines no primeiro lugar; não aconteça que esteja convidado outro mais digno do que tu;
9 e vindo o que te convidou a ti e a ele, te diga: Dá o lugar a este; e então, com vergonha, tenhas de tomar o último lugar.
10 Mas, quando fores convidado, vai e reclina-te no último lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, sobe mais para cima. Então terás honra diante de todos os que estiverem contigo à mesa.
11 Porque todo o que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.
12 Disse também ao que o havia convidado: Quando deres um jantar, ou uma ceia, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem os vizinhos ricos, para que não suceda que também eles te tornem a convidar, e te seja isso retribuído.
13 Mas quando deres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os mancos e os cegos;
14 e serás bem-aventurado; porque eles não têm com que te retribuir; pois retribuído te será na ressurreição dos justos.

Parábola da grande ceia
Mt.22:1-14

15 Ao ouvir isso um dos que estavam com ele à mesa, disse-lhe: Bem-aventurado aquele que comer pão no reino de Deus.
16 Jesus, porém, lhe disse: Certo homem dava uma grande ceia, e convidou a muitos.
17 E à hora da ceia mandou o seu servo dizer aos convidados: vinde, porque tudo já está preparado.
18 Mas todos à uma começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: Comprei um campo, e preciso ir vê-lo; rogo-te que me dês por escusado.
19 Outro disse: Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-los; rogo-te que me dês por escusado.
20 Ainda outro disse: Casei-me e portanto não posso ir.
21 Voltou o servo e contou tudo isto a seu senhor: Então o dono da casa, indignado, disse a seu servo: Sai depressa para as ruas e becos da cidade e traze aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos.
22 Depois disse o servo: Senhor, feito está como o ordenaste, e ainda há lugar.
23 Respondeu o senhor ao servo: Sai pelos caminhos e valados, e obriga-os a entrar, para que a minha casa se encha.
24 Pois eu vos digo que nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia.

Parábola acerca da previdência  

25 Ora, iam com ele grandes multidões; e, voltando-se, disse-lhes:
26 Se alguém vier a mim, e não aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também à própria vida, não pode ser meu discípulo.
27 Quem não leva a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo.
28 Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se senta primeiro a calcular as despesas, para ver se tem com que a acabar?
29 Para não acontecer que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a zombar dele,
30 dizendo: Este homem começou a edificar e não pode acabar.
31 Ou qual é o rei que, indo entrar em guerra contra outro rei, não se senta primeiro a consultar se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil?
32 No caso contrário, enquanto o outro ainda está longe, manda embaixadores, e pede condições de paz.
33 Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode ser meu discípulo.
34 Bom é o sal; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor?
35 Não presta nem para terra, nem para adubo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

Comentário: Primeiro Jesus nos passa a maravilhosa mensagem de que não há hora para auxiliar aqueles que precisam, pois quem sofre quer ajuda e é urgente o auxílio para quem dele padece. Jamais Jesus criaria qualquer mandamento que fosse de encontro ao maior de todos eles: "Amai-vos uns aos outros", quem ama ajuda, abraça, auxilia. Nenhum compromisso pode ser maior que o auxílio a um irmão necessitado. Em seguida, o grande mestre nos fala sobre a predileção pela vaidade e orgulho. Ele mostra um exemplo muito simples de como o orgulho é facilmente derrotado pela humildade e pela paciência. Nunca se preocupe em estar a frente de vossos irmãos, procure levá-lo convosco para que tenha companhia ao subir ao altar do senhor, pois Jesus perguntará primeiro: "O que fizeste pelo teu próximo?", terá ao menos uma testemunha da tua boa vontade. A parábola do festim de núpcias é um belo exemplo de caridade e sabedoria cristã. Que mérito teremos se estivermos sempre rodeados de bajuladores e daqueles que nos amam? O que levaremos ao altar para apresentar ao filho do criador na hora do juízo? Orar é muito importante, pois aproxima o homem de Deus, auxiliar irmãos necessitados é ainda melhor, pois te coloca ao lado do Pai celestial. E por fim, uma mensagem aos escolhidos para o trabalho divino. Dedicar-se à palavra do senhor não é só rezar e ler a bíblia várias horas por dia, mas também mudar suas prioridades. Entregar sua vida e seus compromissos nas mãos do senhor. Nada pode ser mais importante que dar continuidade ao trabalho iniciado por nosso senhor Jesus Cristo, pois nunca nossos sofrimentos serão comparados ao que ele passou para redimir-nos do pecado. Fiquem com Deus.

Evangelho do Dia - 30/03/12



ISAÍAS

Capítulo 5
1. Eu quero cantar para o meu amigo seu canto de amor a respeito de sua vinha: meu amigo possuía uma
vinha num outeiro fértil.
2. Ele a cavou e tirou dela as pedras; plantou-a de cepas escolhidas. Edificou-lhe uma torre no meio, e
construiu aí um lagar. E contava com uma colheita de uvas, mas ela só produziu agraço.
3. E agora, habitantes de Jerusalém, e vós, homens de Judá, sede juízes entre mim e minha vinha.
4. Que se poderia fazer por minha vinha, que eu não tenha feito? Por que, quando eu esperava vê-la produzir
uvas, só deu agraço?
5. Pois bem, mostrar-vos-ei agora o que hei de fazer à minha vinha: arrancar-lhe-ei a sebe para que ela sirva
de pasto, derrubarei o muro para que seja pisada.
6. Eu a farei devastada; não será podada nem cavada, e nela crescerão apenas sarças e espinhos; vedarei às
nuvens derramar chuva sobre ela.
7. A vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta de sua predileção.
Esperei deles a prática da justiça, e eis o sangue derramado; esperei a retidão, e eis os gritos de socorro.
8. Ai de vós, que ajuntais casa a casa, e que acrescentais campo a campo, até que não haja mais lugar, e que
sejais os únicos proprietários da terra.
9. Os meus ouvidos ouviram ainda este juramento do Senhor dos exércitos: Grande número de casas, eu o
juro, será devastado, grandes e magníficas herdades ficarão desabitadas.
10. Dez jeiras de vinha não produzirão mais que um bato, e um homer de semente não dará mais que um efá.
11. Ai daqueles que desde a manhã procuram a bebida, e que se retardam à noite nas excitações do vinho!
12. Amantes da cítara e da harpa, do tamborim e da flauta, e do vinho em seus banquetes, mas para as obras
do Senhor não têm um olhar sequer, e não enxergam a obra de suas mãos.
13. Por causa disso meu povo será desterrado sem nada pressentir. Sua nobreza será atenazada pela fome, e a multidão, mirrada pela sede.
14. Por isso a morada dos mortos se alargará, e abrirá desmesuradamente a boca. O esplendor (de Sião) e sua multidão barulhenta, seu alvoroço e sua alegria desaparecerão dela.
15. O homem será curvado, os grandes serão humilhados, os olhares altivos serão abatidos,
16. e o Senhor dos exércitos triunfará no juízo; o Deus santo mostrar-se-á como tal, fazendo justiça.
17. Os cordeiros serão apascentados nesses lugares como em suas pastagens, e sobre as ruínas pastarão os
cabritos.
18. Ai daqueles que arrastam a correção com as cordas da indisciplina, e a pena do pecado como com os
tirantes de um carro!
19. (Ai) daqueles que dizem: Que ele se avie, que faça já sua obra, a fim de que a vejamos. Que o plano do
Santo de Israel se execute para que o conheçamos!
20. Ai daqueles que ao mal chamam bem, e ao bem, mal, que mudam as trevas em luz e a luz em trevas, que
tornam doce o que é amargo, e amargo o que é doce!
21. Ai daqueles que são sábios aos próprios olhos, e prudentes em seu próprio juízo!
22. Ai daqueles que põem sua bravura em beber vinho, e sua coragem em misturar licores;
23. (ai) daqueles que, por uma dádiva, absolvem o culpado, e negam justiça àquele que tem o direito a seu
lado!
24. Por isso, assim como a palhoça é devorada por uma língua de fogo, e como a palha é consumida pela
chama, assim a raiz deles sucumbirá na podridão e sua flor voará como a poeira, porque repudiaram a lei do
Senhor dos exércitos, e desprezaram a palavra do Santo de Israel.
25. Por isso o furor do Senhor se inflama contra seu povo, apodera-se dele e o castiga; os montes tremem,
seus cadáveres, como carniça, jazem nas ruas. Entretanto, sua cólera não se aplacou, e sua mão está prestes a precipitar-se.
26. Ele arvora uma bandeira para chamar uma nação longínqua, assobia para fazê-la vir dos confins da terra, e ei-la que, ágil, acorre às pressas.
27. Ninguém dentre eles se arrasta ou tropeça, ninguém dorme nem cochila; ninguém desata a cinta de seus
rins, nem desaperta a correia dos sapatos.
28. Agudas são as suas flechas e todos os seus arcos, entesados. Os cascos de seus cavalos são (duros) como a pederneira, e as rodas de seus carros assemelham-se à tempestade.
29. É (como) o rugido da leoa, e o rosnar do leãozinho. Ele brame e agarra a sua presa, e a carrega sem que
ninguém lha arrebate.
30. Naquele tempo, um estrondo, semelhante ao bramido do mar, retumbará contra ele. Quando olhar a terra, só verá trevas e angústia, e no céu se estenderão nuvens tenebrosas.

Comentário: Deus nos orienta como proceder diante das expectativas que temos diante das boas ações para com nossos semelhantes. Colocamos muita expectativa na gratidão das pessoas e esperamos que se modifiquem a nosso exemplo, quando na verdade, temos muito a modificar de nós mesmos. Ele se refere também a resposta que a humanidade dá todos os dias, diante de todas as bençãos que ele nos deu. Crucificamos seu filho querido todo santo dia, quando humilhamos nossos semelhantes, esposas, filhos, irmãos, pais, avós, quando negamos auxílio e comida a marginalizados, quando amaldiçoamos ladrões, enganadores e inimigos. Deus faz uma promessa, não só àqueles que foram contra sua natureza, mas também àqueles que tinham por missão resgatar humilhados e estropiados, que vieram ao mundo com o único propósito de auxiliar no resgate da humanidade, lhes promete o fogo eterno e as angústias de almas perdidas por toda eternidade. Mas também promete a bem aventurança àqueles que atenderem seu chamado e estejam de prontidão ao retorno do nosso senhor Jesus Cristo. Nunca é tarde para atender ao seu chamado, irmãos, orem muito, orem todos os dias, peçam iluminação à Maria Santíssima, pois ela também carrega a nossa cruz diária. Não desperdicem vossos tempos com atitude fúteis, com distrações sem propósitos, dediquem mais tempo a ouvir vosso Pai que vos criou com tanto carinho, e que tentou por muitas vezes te chamar atenção para a escolha certa, mas o renegaste. É chegada a hora, mais uma vez, de mostrar o caminho da terra prometida. "Quem tem olhos para ver que veja...."

quinta-feira, 29 de março de 2012

Evolução Moral


A vaidade talvez seja um dos maiores empecilhos para a verdadeira paz de espírito. A busca incessante pela beleza nos faz virar objetos diante de um espelho, como se tivéssemos que suprir algo que nos falta interiormente. Muitos irão se perguntar, como viver sem buscar estar mais feliz diante de minha imagem? É buscando dentro de si a semente do amor próprio que não mais precisarás unir-se ao fantasma do apego a beleza exterior. De que adianta tantas tralhas em cima de teu corpo, se por dentro está vazia e insegura , para que diante da primeira decepção desonra a si mesmo diante daquele que te foi o objeto de desejo. Então, cabe a nós mesmos buscarmos dentro de si, aquilo que procuramos nos outros, amor próprio é a palavra chave, mas não o amor egoísta, o verdadeiro amor, simples, que sabe o que é melhor para si. Quantos estão vazios, quantos nem sequer se apercebem do quão estão enfiados em um abismo momentâneo causado pela sua falta de sentir a si mesmo. Será que toda essa beleza, e o que ainda se soma a ela não tem pesado muito sobre os teus ombros, e por isso nem um alguém encontraste para a tua companhia, um alguém e não um outrem, porque dos últimos o mundo está cheio, já dos primeiros, podem ser encontrados, mas não onde tu vais a fim de exaltar a tua beleza que na verdade te faz sofrer, pois, não mais tens o controle da situação, a tua forma te tomou por completo e achas que isso pode trazer um dia a tua felicidade, quando ela tão somente irá trazer apenas aquilo que você já possui em supérfluo . Eu existo quando procuro algo dentro de mim, eu desapareço quando procuro algo do lado de fora, porque é dentro do meu mundo que eu acabo me encontrando. Sentimentos puros para consigo mesmo significa realmente rebuscar a sua verdadeira personalidade, e é lá que tu vais encontrar a verdadeira felicidade. Jamais conseguirás encontrar uma alma que te completes, porque de si você já deve está cheia, o outro virá para te somar ainda mais, não para preencher o que te falta. Muitos ainda estão por buscar um outro qualquer que lhe satisfaça tudo aquilo que anseia, mas antes não procuram em si mesmos aquilo que satisfará o outro, e por isso que jamais permanecerão numa unidade dentro de um relacionamento, pois mais cedo ou mais tarde, um dos lados da corda arrebenta, e não tenha dúvida, que será o mais frágil, o mais frágil no sentido do que possui mais amor próprio que não suporta apenas orgulho, egoísmo, e vaidade. Durante o teu dia,  repara nos teus sentimentos para consigo mesmo, será que não tem se cobrado tanto ao invés de apenas se deixar envolver pela coisas boas que a vida tem a oferecer? Talvez o que tenha que ser feito seja justamente isso, parar com a cobrança de mostrar-se diante dos outros tão forte, tão bonita, tão independente. Cabe a nós admitirmos que sem os outros não seríamos felizes, então, que tenhamos a intenção de mostrarmos o lado de dentro recheado de coisas boas, o lado que ninguém vê na rua, o lado que precisamos realmente cuidar, e avaliar a cada hora do dia. Se vais se olhar no espelho, que seja para refletir o fundo dos teus olhos que tanto precisam de atenção e carinho. No fim vai ser sempre você consigo mesmo, não se confunda, serás tu contra aquilo que tu mesmo construiu, o teu chão ou o teu abismo, aquilo que te fará fortalecer-se ou aquilo que te derrubará diante da mais fraca tempestade. Muitos de nós nem mesmo se reconhece diante de tudo aquilo que realmente é, pois está muito mais envolvido com o ter.

 Natanael