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sábado, 19 de maio de 2012

Um Relato na Eternidade(Mensagem Recebida em 19/05/2012)



Aos 15 anos de idade, mais especificamente em 1979, era um jovem ativo e bem descolado. Sempre fui popular na escola e todos me tinham muito apreço. Tive as namoradas mais bonitas e todos desejavam muito a minha condição.Frequentei os melhores lugares da época. Shows de dar inveja a qualquer jovem da época. Os jovens naquele tempo eram muito reprimidos, ninguém podia ficar até tarde na rua sem receber uma batida da políca, quase sempre corrupta e cheia de más intenções. Meus pais, coitados, preocupados ao extremo com aquela vida que eu levava me deram de um tudo em oportunidade. Tive os melhores livros para estudar e apesar das condições não muito favoráveis, tive os melhores mestres a me ensinar as coisas do mundo em termos de estudo. Eu, na minha ignorância juvenil sempre deixava meus professores extremamente irritados pela minha falta de interesse e minha displicência em realizar minhas obrigações. Aos 23 anos fui trabalhar em uma loja de artigos importados. Começavam a chegar ao Brasil os primeiros produtos oriundos da China e outros países do oriente médio. A febre do importado tomava conta do país, e eu, que nada quis com estudos, fui trabalhar para sustentar meus pequenos vícios. Sim, eu bebia, fumava e estava sempre disposto a uma boa farra com os amigos. Coloquei-me como sem alternativas para um futuro descente e me entreguei ao mundo que me pregou uma peça. Quando completei meus 27 anos, ainda não tinha nada de meu. Morava só de aluguel no subúrbio de São Paulo, tinha só o básico, que para mim era muito, considerando que não parava em casa. Ou era trabalhando, ou era farreando. A noite paulista sempre foi muito atrativa para jovens como eu. Em uma dessas noites em que saí com amigos para uma festividade numa praça, fui surpreendido com uma forte dor no peito que me deixou deveras tonto e sem reação. Meus amigos inebriados pela bebida alcóolica, não se deram conta que eu estava tendo um ataque cardíaco. Me sentei e esperei um pouco para ver se a dor passava, pedi a um de meus amigos que me levassem para casa, mas como? Todos praticamente sem consciência, devido à bebida alcoólica, não se davam conta da aflição em que me via. Comecei a ficar agoniado com a situação quando meu nariz começou a sangrar e me vi sozinho, no meio de uma multidão de jovens desorientados e cheios de droga em seus organismos. Cambaleei por uns cinco quarteirões e caí em uma esquina onde perdi a consciência. Um homem que passava no local perguntou se eu estava bem, vi dele somente a silhueta, e lhe informei que estava passando muito mal. Para minha surpresa o homem começou a retirar meus pertences , inclusive meus sapatos e me deixou agonizante na rua. Foram horas de muita dor e aflição. Revezava momentos de aflição, dor e perda de consciência. Minha cabeça parecia que iria explodir. Então apaguei de vez, não lembro por quanto tempo. Ao acordar me senti estranho, estava em um local escuro com luzes vermelhas, e silhuetas de criaturas extremamente feias passeavam ao meu redor. Só conseguia correr, corri muito enquanto tais criaturas riam e zombavam da minha cara. Devo ter passado horas correndo quando parei em um bosque com árvores já bem velhas, levemente sombreadas por uma lua cheia muito bonita. Sentei um pouco para raciocinar, não conseguia conceber o que estava acontecendo nem porque. Comecei a chorar de tristeza e logo me veio a lembrança de meus pais, velhos e doentes, mas acima de tudo lamentosos por ter tido um filho que lhes trouxe tanta tristeza. Fiquei ainda pior, chorei muito por várias horas, foi quando me veio a mente a lembrança de minha avó querida. Ela era muito boazinha e sempre me deu bons conselhos na minha infância, rezava comigo todas as noites e foi então que comecei a rezar nossa oração. Cada palavra saia de minha boca com uma dor inigualável, como nunca antes. Eu estava perdido e pensei muito a esperança de ela e tirar daquela situação. Depois de rezar adormeci, não sei pór quanto tempo. Acordei meio tonto e a primeira imagem que me lembro é de minha vozinha me estendendo a mão e me abençoando. Só conseguia chorar, era a esperança que tanto procurei no fundo da minha alma. Ela me disse : " Tá na hora meu querido, vim te levar...já aprendeu o suficiente". Abracei minha vozinha com tanta força que parecia que iria quebrar-lhe os ossos. Ao soltar-lhe dos braços, estávamos em uma sala cheio de senhores bem carinhosos e vestidos com roupas esquisitas e que vinham me cumprimentar. Um a um fui sendo apresentado e o alívio me consumiu o espírito, estava salvo daquele tormento. Minha vó, que por sinal esqueci de dizer-lhe o nome, chamava-se Adélia e parecia estar ali há vários anos, a julgar pelo tratamento que lhe era dispensado. Ela me levou a uma sala bem iluminada no canto da complexa estrutura ainda estranha aos meus olhos. Lá um senhor sereno com barbas brancas me esperava e me deu um terno abraço. Seu nome era Ezequiel, ele pediu que me sentasse para conversar um pouco, onde óbvio o fiz de pronto, era o mínimo que podia fazer diante do livramento concedido por tão nobres amigos. Começou a me explicar então tudo porque passei desde minha morte, até então desconhecida por mim. Disse que meus vícios mundanos,tão singelos aos meus olhares me levara a tomar parte de um mundo onde outras pessoas se compraziam nestes vícios e se alimentavam  feito animais ferozes de todos meus sentimentos mau encaminhados. Me disse que aquelas criaturas que vi eram semelhantes a larvas que alimentei com minha incúria e falta de cuidado com minha vida se tornando aquelas coisas grotescas. Depois me disse que o arrependimento sincero me levou à minha vozinha Adélia que esperava por mim a algum tempo. Nunca pensei que atitudes tão simples como uma farra ou um momento de luxúria com meus amigos pudesse me trazer tantos problemas. Ezequiel me disse que somos impelidos a estes erros cada vez que deixamos de reconhecer nosso verdadeiro pai, que vela por nós todos os dias. Cada momento que deixamos de orar por um enfermo, ou um doente do mundo, estamos nos aproximando de tais criaturas horrendas. Cada vez que ignorei meus pais foi como um degrau mais baixo que desci rumo à minha evolução espiritual. Pode parecer bobagem, mas aos olhos humanos tudo parece fácil. Quando desencarnamos nosso espírito sente tudo no coração e todas as dores são aumentadas muito, quase insuportável. Espero poder contribuir um pouco para vossas evoluções ainda em vida par que aprendam da melhor forma o que foi preciso sentir para crer que Deus existe. Um grande abraço meus queridos amigos e fiquem com Deus.

Lázaro 

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