Estivemos debatendo recentemente sobre o destino da humanidade. Todas as noites, eu e minha esposa, ficamos até altas horas divagando sobre os mistérios da vida e os rumos da Terra. Nossas preocupações, nem de longe, dizem respeito ao suposto sofrimento causado por um fim trágico da raça humana, pois a todo aquele que crê, entrará de braços dados com nossa senhora no paraíso. Não, filosofamos amplamente sobre as transformações de paradigmas que o homem sofreu nas últimas décadas. Assistimos nas redes sociais as milhares de religiões se degladiarem e se desmentirem sobre seus dogmas particulares. Interessante perceber como em algum momento da nossa história de vida, nos perdemos do link divino. Queremos ter participação especial inclusive na volta de nosso querido e amado mestre Jesus. Somos verdadeiros produtores que idealizamos a festa de recepção para a volta de Deus, não somos apenas filhos, somos partícipes da grandiosa obra do Criador.
Orgulho, vaidade, falta de compreensão e muita violência têm gerado ao nosso redor uma imensa massa de infortúnios ocultos que nos distanciam dos ideais divinos e nos aproximam ainda mais desta fase material que vivemos. Orar, rezar, meditar, não importa, o que vale é nos rebaixarmos à nossa insignificância e procurarmos sempre reconhecer que toda a vida que nos rodeia tem autor, e único. A nossa herança que deixamos para as gerações futuras estão impregnadas de ódio, mágoa e ressentimento, inveja de algo que achamos que deveríamos ter tidos como merecedores de toda a graça divina. A grande máxima humana é: NINGUÉM MERECE MAIS QUE EU!!!
Engraçado pensar que Deus se esconde nas mais ínfimas situações do nosso cotidiano, aprenda a interpretar o seu amor. Quem já não começou seu dia extremamente irritado e entediado, encontrando logo que saiu à rua uma criança que lhe deu um sorriso, mas não era qualquer sorriso, era uma simpatia gratuita que a sua ignorância não permitia perceber, sorrindo de volta quase que por compaixão. Quantas vezes saiu para trabalhar com aquela enxaqueca horrível, que nenhum analgésico parece resolver, dando de cara no caminho para o trabalho com um pássaro lindo que canta como que particularmente para você, e mais uma vez sua falta de sensibilidade não te permite perceber.
Quantos problemas enchem sua cabeça e te deixam cego diante do teu vizinho que além de problemas, sofre com uma deficiência que o prende a uma cadeira de rodas, mas que ao encontrar contigo logo pela manhã sorri dizendo bom dia, como se fosse o melhor dia da sua vida.
Acho que o "EU" está bem fora de moda e deveríamos procurar enxergar nosso Pai maior em tudo que rodeia nossas atitudes, nossas palavras, nossos relacionamentos. Veja Jesus em todos os teus irmãos e imagine uma situação bem hipotética (como diria Pe Léo, em uma de suas histórias): E se Jesus já tiver retornado ao nosso plano e estiver disfarçado no seu chefe rabujento. Ou pior, se ele estiver investido sob a pele da sua sogra tão amada (até parece...). Conseguiria dormir tranquilo sabendo que tratou mal o maior homem que já passou por esta terra e morreu para que VOCÊ tivesse vida?
Seu vizinho é Jesus, você é Jesus, sua esposa é Jesus....
Pense nisso....
Boanerges Teixeira
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