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segunda-feira, 12 de junho de 2023

Espiritualidade do Novo Mundo - Parte 4 (O que é real?)


Por mais que nos esforcemos, não conseguimos compreender o caminho da tão almejada salvação de nossas almas. Isso fica ainda mais confuso e distante quando buscamos em conjecturas de pessoas que interpretaram as palavras segundo suas convicções e paradigmas. Mas será mesmo que sabemos o que devemos ou não fazer? Será que não há um caminho lógico de certa forma moldável ao momento, mas que segue um fluxo imutável para um determinado destino?
Quantas vezes fomos vencidos pela culpa de fazer isso ou não fazer aquilo, sem sequer refletir a respeito. Muitas de nossas crenças e convicções vêm de nãos de doutrinação parental ou daqueles com os quais convivemos, ou até mesmo de informações recebidas consciente ou inconscientemente através dos meios de comunicação. E reagimos de forma energética com nós mesmos, nos fazendo algozes de nossas próprias vidas. 
Toda ação nossa tem relevante resultado não só em nossas vidas mas em todo o universo. Muito pesado? Então acompanhe o raciocínio e veja se não há no mínimo lógica para continuarmos o ensinamento dos desígnios de Deus. Agora você escolheu estar lendo essas linhas que escrevo, porém, em algum momento ocorreu a decisão de fazê-lo. Esse momento é um ponto crucial que parece fútil mas nunca é, ele traz um enraizamento de eventos pós-decisão que pode mudar muitas histórias e, às vezes, "a história". Vamos chamar esse momento decisório como resultado do ato de parar e ler esse texto de "momento A". Como em um filme, vamos fingir que você conseguiu voltar no tempo até o momento A e ali, decidiu não parar e ler esse texto, mas sair e tomar um sorvete na esquina, gerando um momento B. Acompanha o raciocínio! Nesse novo momento você se cruzou com pessoas conhecidas, as cumprimentou, esbarrou em um rapaz que andava de bicicleta, tomou seu sorvete e voltou para casa. Ou seja, você interagiu com outras pessoas e com o ambiente à sua volta. Dessa interação gerou novos momentos em que você estava presente, seja na vida do vizinho, do atendente da sorveteria, do rapaz da bicicleta, etc. Vamos aqui imaginar algo surreal, o rapaz da bicicleta que você esbarrou, demorou cinco segundos para se equilibrar novamente e seguir seu caminho, a atendente uns dois minutos para lhe servir e assim por diante. Esse tempo é diferente para cada interação e para cada pessoa, assim concluímos o "momento B". Recapitulando momento A, você parou e está lendo esse texto, momento B você saiu e foi tomar sorvete e interagiu com várias pessoas e o ambiente, tudo bem até aí? Muito bem, voltando ao estado atual, momento A, você está lendo esse texto tranquilamente e ouve uma barulheira do lado de fora da janela, sai para olhar e percebe que houve um atropelamento de um ciclista, aquele rapaz. Como em um dejavu resolve ir até a sorveteria e descobre que a atendente foi demitida porque havia derramado todo sorvete em cima de um cliente, seu vizinho precisou sair às pressas porque recebeu a notícia que um parente passara mal. A pergunta que você deve está se fazendo...eu causei tudo isso? Não, não foi você. Porém sua decisão impactou na vida de dezenas de pessoas, às vezes milhares, como também influenciou positiva ou negativamente o ambiente que o cerca. Toda decisão vem carregada de eventos próprios daquele caminho escolhido e cada um deles é irremediavelmente o caminho correto a seguir. Confuso né? Um pouco verdade, porém quando enxergamos "a verdade" tudo vai ficando mais fácil, inclusive compreender os desígnios de Deus.
Se todos os caminhos são corretos, como posso me culpar por um ato falho? Será que a minha falha estava prevista e tinha um propósito na vida de alguém ou no ambiente ao meu redor?
Comecemos a enxergar o jogo da vida como um tabuleiro de xadrez e Deus nosso Pai, o maior jogador de todos os tempos. Como tal, ele prevê todas as possíveis falhas e caminhos escolhidos, fazendo com que nenhum ato seja em vão, tudo se interconecte na grande teia universal de amor divino. É difícil no começo, acredite eu sei...mas com o tempo passamos a nos enxergar mais protagonistas e menos antagonistas nesse mundo doido que vivemos. Passamos a caminhar certos que o Cara lá de cima não deixou passar nada, tudo tá previsto e converge para minha felicidade e para a harmonia universal. Passamos a ter uma fé inabalável inteiramente centrada na lógica do "jogo", o que nos protege de nossas próprias divagações acerca do futuro, das coisas ruins, dos planos que deram errado...
Ainda falaremos mais e talvez, nos aprofundarmos no tema. Por hora, viva! Você sempre está no caminho certo! 

Boanerges Teixeira 

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